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O dia que a Maria Bolacha, virou Garota da Escola, por Márcia Medeiros
Hoje resolvi fazer uma pausa em tudo que estava fazendo para escrever essa crônica, porque me ocorreu uma memória do passado. Talvez seja porque esteja chegando aos cinquenta anos e isso significa que o rio da minha vida já passou da metade da sua andança em direção ao mar da existência. Ou porque minha família interiorana, tenha conseguido formar dois filhos doutores, encerrando uma saga em que meu pai, considerado por uma parte da família como o “negro de canela fina que n
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22 de jul.6 min de leitura


Todas as coisas que eu perdi, por Márcia Medeiros
Perdi as contas de quantas vezes comecei a escrever esse texto e parei. Apaguei um milhão de vezes meus rascunhos desconexos, minhas construções sem sentido. Pensei e repensei antes de dizer/escrever o que segue agora. Porque nem sempre é tão fácil quanto parece. Porque tem vezes que a palavra se esconde, e a lógica do pensamento te esquece. Porque, às vezes, simplesmente é difícil.
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15 de jul.2 min de leitura


Eu sou um pedaço de papel em branco, por Márcia Medeiros
Eu sou um pedaço de papel em branco.
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8 de jul.1 min de leitura


Davi, parte final, por Márcia Medeiros
João chamou por um grupo de empregados e se puseram pela estrada afora a procurar por Plínio. Assim que o grupo saiu em uma direção, o capanga de Dantas carregou o fardo macabro que estava oculto no aposento particular do patrão e seguiu no caminho oposto. Ele se dirigiu até a cachoeira que testemunhou o amor de Moema e Plínio. Chegando lá, amarrou várias pedras nos pés do cadáver e lançou seu corpo nas profundezas das águas, que o engoliram imediatamente. Depois ele retornou
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1 de jul.4 min de leitura


Davi, parte 3, por Márcia Medeiros
Com um suspiro passei a mão no espelho já que o vapor que vinha do chuveiro estava deixando a minha imagem nublada. Antes não tivesse feito isso… meu coração novamente errou o ritmo da batida porque pude ver refletida no vidro a imagem dela: Moema estava diretamente atrás de mim, mirando-me com seus olhos perdidos de dor. As mãos dela se entrelaçavam nervosamente e se erguiam a altura do peito como se postas em uma oração. Seu vestido de noiva desaparecia no chão, em um efeit
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24 de jun.6 min de leitura


Davi, parte 2, por Márcia Medeiros
Tranquei a porta e fui para o meu quarto. Abri o notebook que tinha deixado em casa para não pensar no trabalho enquanto estava de férias e o conectei no celular. Comecei a baixar os registros das férias seguindo meus princípios metódicos. Quando cheguei na foto da Cachoeira do Véu da Noiva, lá estava ela. Sim. Não havia dúvida, era uma mulher. E agora, não bastasse estar olhando para mim, era nítido que ela estava chorando. Além do quê, era capaz de jurar que ela estava mais
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17 de jun.4 min de leitura


Davi, parte 01, por Márcia Medeiros
Se um dia você passar por Ortigueira, no interior do Paraná, pare por alguns momentos para apreciar a bela vista da cachoeira que despenca de uma altura de 150 metros, deixando um rastro de névoa e arco-íris como se os anjos tivessem escolhido esse lugar para brincar com lápis de cor. Essa cascata recebe o nome de Véu da Noiva e costuma deixar os visitantes perplexos diante de tanta beleza.
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10 de jun.4 min de leitura


Uma História do Meu Velho, por Márcia Medeiros
Vou contar uma história do meu velho. Vou contar uma história do seu Zé e das suas peripécias. E prometo que vou escrever e só vou sorrir, porque tristeza não combinava com o meu pai. Quando chegar ao fim deste texto haverei de estar sorrindo com a lembrança que minha mente foi hoje buscar no passado.
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3 de jun.4 min de leitura


Lucas (parte Final), por Márcia Medeiros
Foi a minha curiosidade que acabou comigo, se você quer mesmo saber. Passei a rondar o porto, na esperança de encontrar Lúcio de novo e ouvir o fim da história. Passou uma semana e nada de encontrar com ele. Perguntei dele para alguns dos pescadores que estavam por ali, mas todo mundo meio desconversava sobre o assunto ou então balançava a cabeça em uma negativa, como se não conhecessem o rapaz. Já estava perdendo as esperanças de encontrá-lo novamente quando, em um final de
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27 de mai.8 min de leitura


Lucas (parte Dois), por Márcia Medeiros
Lembro perfeitamente do dia do nosso passeio. Era um sábado. O sol nasceu resplandecente sobre as águas do mar, emitindo reflexos dourados que deixavam tudo cintilante. A praia parecia um lago plácido e sereno, mais tranquilo que de costume. Fomos para o porto minúsculo do qual saíam as embarcações com destino à Ilha de Araçatuba e minha mãe estava no auge da felicidade.
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20 de mai.5 min de leitura


Lucas (parte Um), por Márcia Medeiros
Se essa carta chegou até suas mãos e está sendo lida agora, saiba que alguma coisa deu muito errado. Deu tão errado que é muito provável que eu já esteja morto… Como explicar que um cara com 18 anos resolveu dar cabo da própria vida? Tenho certeza que vai ter gente me chamando de louco. Mas eu quero que você saiba que eu não sou maluco. Não tenho nenhum parafuso a menos nem nada disso. Estou fazendo isso para proteger as outras pessoas de mim mesmo. Não quero que aconteça com
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13 de mai.4 min de leitura


Joana (Parte Final), por Márcia Medeiros
Depois de percorrer certa distância por aquela estrada no interior da fazenda, chegaram a uma clareira recém-aberta no meio da mata. Era perceptível que tudo aquilo era fruto de atividade recente: ainda havia algumas árvores caídas, esperando o momento em que as motosserras lhes dariam o primeiro corte para içá-las sobre os caminhões que as levariam até a madeireira da cidade (também pertencente à família Pedroso), onde se transformariam em tábuas vendidas a preço de ouro. Af
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6 de mai.6 min de leitura


Joana (Parte 2), por Márcia Medeiros
Joana terminou de se arrumar para a festa faltando quinze minutos para que o relógio da sala anunciasse oito da noite. Então, sentou-se no sofá, de frente para a televisão desligada, e esperou.
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29 de abr.3 min de leitura


Joana (Parte I), por Márcia Medeiros
“Gente, não sei, não…”
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22 de abr.5 min de leitura


Meu encontro com a Sopa Paraguaia, por Márcia Medeiros
Em 2025, exatamente no dia 26 de setembro minha vinda para Mato Grosso do Sul faz aniversário e alcança a marca dos 21 anos. Sou gaúcha de nascimento, com passagem pelo estado do Paraná e sul-mato-grossense por adoção. Lembro sempre dos meus estranhamentos iniciais quando cheguei aqui e de como eu achava que tudo era diferente. E a culinária também tem sua razão de ser nas memórias que se costuram na colcha de retalhos das minhas lembranças.
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15 de abr.4 min de leitura


João Antônio, por Márcia Medeiros (Parte Final)
“Valei-me Nossa Senhora do Perpétuo Socorro! Que a senhora me permita chegar em casa antes da Suindara me alcançar”, - murmurou baixinho.
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8 de abr.8 min de leitura


João Antônio, por Márcia Medeiros (Parte I)
A cidade de Brasileia fica distante de Rio Branco, capital do estado do Acre, apenas 235 quilômetros. É uma cidade pequena e pacata, de pouco mais de 20 mil habitantes. Foi nessa cidade que meus pais se conheceram e se casaram e foi nela que eu nasci e cresci. Quando completei o ensino fundamental, meus pais quiseram me oportunizar outras possibilidades de vida, então me mudei para a capital, para cursar o ensino médio e, quem sabe, fazer uma faculdade.
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1 de abr.7 min de leitura


O caso do porta-malas, por Márcia Medeiros
Hoje eu quero contar uma história que se desenrolou diante dos meus olhos em um dia chuvoso e quente de verão. Essa história aconteceu em um domingo à tarde. Eu tinha saído para um passeio familiar. Em minha companhia estavam meu companheiro e nosso querido Boleslau Boca-Torta, um boxer albino com seus cinquenta quilos de formosura e bochechas. Decidimos que iríamos até uma padaria que fica cerca de dez quadras da nossa casa, pois tínhamos a intenção de comprar um docinho a f
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25 de mar.3 min de leitura


Memórias professorais, por Márcia Medeiros
Esse não deve ser um textão, talvez seja um pouco menor que os costumeiros.
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18 de mar.4 min de leitura


Caquinho de giz, por Márcia Medeiros
Conjunto de quatro linhas, que cortadas na transversal perfazem cinco.
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11 de mar.2 min de leitura
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