A figura se movia com surpreendente rapidez para o seu tamanho, perseguindo sorrateiramente a caça que havia se embrenhado na vegetação densa diante dos seus olhos. Ela a havia seguido até ali, guiada pelos rastros deixados na trilha, revelando uma certa falta de cuidado, o que indicava que sua presa não parecia ter noção do perigo que a cercava. Seu nome era Gorjek, capitã da fragata espacial de guerra Azuria, pertencente à frota estelar alfa draconiana, cuja base estava sed

O corpo se encontrava lívido. Os olhos se apresentavam vítreos, os lábios sem cor. A pele poderia confundir-se com um pergaminho. No...

Enquanto o vento Minuano cortava as coxilhas da região de Quaraí, no interior do Rio Grande do Sul, as pessoas da cidadezinha se...

Não tenho a clara dimensão do momento em que nasci. Não sei precisar a data. Nasci. Simples assim. Existe quem diga que sou irmã do Sono e que nasci sem pai, que sou filha da Noite e neta do Caos. Já houve poetas que cantaram sobre isso. Até onde eu saiba não fui gerada, não tenho mãe e não sou irmã de ninguém. Até onde eu saiba eu ando só. Sempre andei.

Nos dias que passaram, Emily começou a desaparecer por longos períodos, muitas vezes sem dizer para onde estava indo. Ela se tornava...

O Início do Pesadelo Olho para o berço e ela não está respirando, sua pele pálida está fria e a culpa me consome. Sarah, minha pequena...

Era uma noite fria de inverno quando o choro daquela criança se fez ouvir, acompanhado pelos gemidos de dor da mãe, que sofreu horrivelmente durante o parto. Enquanto as aias corriam de um lado para outro carregando panos e bacias repletas de água quente, o senhor do castelo, Alexei Völingar, estava sentado em seu salão de armas, esperando pela grata notícia.

Naquela noite fizemos o que sempre costumávamos fazer quando estávamos juntos: assistimos velhas reprises de filmes antigos na televisão,...

Escrevo esta missiva sem esperança de que alguém vá acreditar no que eu digo. Minhas palavras soarão insensatas aos olhos de quem me lê....

Havia acabado de entrar na copa.  Era uma noite de trabalho puxado, precisava de um café, alguma coisa quente. Eu havia trazido um...

Naquela noite a jovem Marie acordou assustada, mais do que de costume, devido às batidas que ouviu na janela do seu quarto. Somente uma pessoa batia na sua janela daquele jeito. E essa pessoa estava a 137 km dali, lutando para manter a guerra longe dela. Ele era seu noivo, um tenente do 15º Regimento dos Dragões de Bourdeaux, uma das primeiras tropas francesas a se apresentar ao serviço. Seu nome era Jean-Pierre Leloup. Ela sabia que não podia ser Jean-Pierre. Naquele moment

Ele se lembrava de estar escondido em meio às folhas, observando o movimento dos brancos, que agora acampavam despreocupados. Lembrava-se de pensar em como eles podiam estar assim, aparentando tranquilidade e executando tarefas corriqueiras, depois do massacre cometido. Depois de tudo que fizeram. Ele se lembrava da fúria que brotara em seu peito, enquanto pensava em tudo isso. Mas, dessa vez, ela nascia fria e silenciosa. Desejosa de vingança.

Quando o comandante deu ordem de parada, todos ficaram  felizes.  Já  fazia dias que eles andavam por aquela floresta fechada, cheia de...

Tudo ao seu redor estava destruído. O fogo que servia para aquecer seus corpos nas noites mais frias, para cozer  a carne da caça e assar o milho, havia lambido a aldeia com sua língua gulosa. Ele se lembrava de olhar e ver e não acreditar no que seus olhos viam. Aquela imagem de morte e destruição só podia ser coisa de Anhangá. O inimigo de Tupã estava pregando peças e querendo levá-lo a loucura.

Quando foi que o primeiro branco chegou à sua terra ele não se lembrava. Só sabia que fazia tempo. Ele lembrava como era a terra antes do branco chegar: lembrava-se de caminhar pela margem dos riachos, lembrava-se das noites de lua, das estrelas brilhando no céu e dos vagalumes sorrindo para elas na terra.